terça-feira

Mãe... Mãe?!

"(...) De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos dez anos, o número de partos realizados em meninas de 10 a 18 anos caiu cerca de 30,6%. O que representa uma queda de 699,72 mil para 485,64 mil." Esses são dados do Ministério da Saúde, 2009.
Bem, estou fazendo uma peça na escola sobre métodos anticoncepcionais - oh, sim, que belo tema para um teatrinho de oitavo ano. Mas nosso grupo deu um jeito, e tentamos abordar - espero que delicada e sutilmente - a gravidez na adolescência. O título? Adivinhe: Juno (sim, aquele filme que rendeu o Oscar de Melhor Roteiro Original, sobre uma garota que fica grávida e decide procurar um casal para adotar seu bebê)! A protagonista, a Juno da história? Adivinhe: a Garota de Nova York! Não é por nada não, mas não posso evitar de me sintir como a própria Ellen Page (que, após o filme, recebeu uma indicação ao Oscar)...
Mas é estranho. Um assunto que envolve tantos sentimento e exige demasiada maturidade. Quanto mais tento entender o que se passa pela cabeça dessas garotas, que carregam pequenas vidas em seu ventre, mais confusa fica a minha mente. E quanto mais assisto Grávida aos 16, mais emocionada fico. Ainda assim, realmente não compreendo o que elas devem sentir nessa fase de adaptação: trocar os livros pelas fraldas, trocar as festas pelas noites acordadas preparando uma mamadeira. E de fato, suas vidas nunca mais serão as mesmas. A família nem sempre apoia, enquanto o pai da criança quase sempre some. E são essas garotas que ficam com marcas pelo corpo, com olheiras devido às noites insones, com vagas esperanças de um futuro melhor - porque o presente significa a vida do bebê.
Não vamos entrar no assunto causa.
Porém, apesar de tudo, muitas seguem suas vidas felizes,com filhos saudáveis, bem criados. E com uma história de superação. Até porque, por mais apoio que essa jovem receba, ela acaba arcando com as consequências sozinha.
Nunca me esquecerei do dia em que minha mãe me disse "meu maior sonho aos quinze anos era ter um bebê." Oh, mãe, eu também já me peguei pensando nisso! Como sempre, apenas minha imaginação fértil e meus devaneios. Criando o quadro de minha futura Helena em meus braços... eu sei, isso soa tão romanticamente estúpido.
Bem, eu só precisava falar um pouco sobre tudo. Até porque, minha única certeza até agora em relação à maternidade é que fico estranhamente bonita e encantadora com uma barriga falsa.
Ah, acho que estou encarnando o personagem...

YAY :) The New York Girl is lovin' be Juno on Theater.

2 comentários:

  1. É isso aí Mari, devemos todos trabalhar este assunto. Faço um trabalho todo ano com meus alunos do 80. ano, no qual eles fazem uma carinha na casca do ovo, e aí tem que dar nome e leva-lo para TODOS os lugares que forem. Devem fazer relatório diariamente durante uma semana falando como é "cuidar de algo frágil". E no final devem levar o relatório, ler para eu avaliar. Fica bem interessante o resultado...
    bjus
    Luciene

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  2. Ser mãe ou não ser, eis a questão. Bem a questão talvez não seja essa, acho que na verdade a questão é quando?!
    Em algumas situações lido com mães adolescentes. Muitas não tem um filho só. A maioria não tem emprego, não recebe ajuda dos pais das crianças. Me pergunto o que elas esperam do seu futuro e do futuro de seus filhos. Bem, existem também aquelas que fazem de tudo pelos filhos, que amam e cuidam com toda atenção e carinho. Que querem para os filhos aquilo que nunca tiveram.
    Bem, cada uma com suas escolhas. Só acho que filho é um assunto sério, uma responsabilidade prá vida toda. Eu, que já deixei a adolescência há algum tempo, as vezes me pergunto se estou preparada para ter um filho. Acho que ainda não, mas sei que quando tiver um tenho certeza que serei uma daquelas mães corujas!
    Tudo a seu tempo. Infelizmente ainda não tenho sobrinhos. Por enquanto curto filhos de amigas, de colegas de trabalho, primos pequenos, até o dia em que terei Laura e Vitor em meu ventre.
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    Cara Garota de Nova York
    Sucesso para você em sua personagem. Depois que li está postagem imaginei que também gostaria de ter aquela família de comercial de margarina que você tanto sonha!Quem sabe em breve...

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