quarta-feira

Mulheres Históricas


Política não é nem de longe minha conversa preferida (apesar de que, aos 10 anos, eu ainda queria ser Presidente). Certo dia, estava eu, tão calma e serena (Mariana, calma? hahaha) no intervalo entre duas aulas da minha turma. Perguntei a um amigo que gosta do assunto, se estava vendo as entrevistas com os candidatos à Presidência, exibidos no Jornal Nacional. Sua resposta foi negativa, mas ele me afirmou veementemente que se pudesse, votaria no José Serra. Inocente, perguntei seus motivos. Ah, pra quê: "Mulher no Governo não dá certo!". Esse amigo começou a me perguntar sobre mulheres que haviam feito algo útil para a humanidade no sentido político. Lógico! Se nos dessem mais chances, poderíamos provar nosso poder feminino! "Cristina Kirchner está acabando com a Argentina!", disse ele para finalizar, tomando a atual presidente da Argentina como exemplo. Resolvi permanecer calada. Situações como essa pedem uma boa resposta.
Então comecei a pesquisar sobre as mulheres históricas que ajudaram a fazer da humanidade o que ela é hoje. E não, não sou feminista.


Catarina, A Grande: depois de ter destituído o marido dos seus poderes governou a Rússia com uma mão de ferro, conseguindo a expansão do país até à Europa Central e às margens do Mar Negro.

Coco Chanel: um ícone da moda e uma das melhores estilistas do século XX, revolucionou a forma como as mulheres se vestiam, servindo de inspiração ainda hoje, não estivesse o seu legado ainda bem vivo, assim como as suas célebres palavras – "A moda é feita para passar de moda".

Eleanor Roosevelt: esposa do presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, foi os seus “olhos e ouvidos” quando o presidente deixou de poder viajar devido à sua invalidez. Deu particular atenção aos direitos cívicos – muitas vezes com uma visão muito mais à frente do que à do seu marido e dos americanos em geral – e foi um elemento chave na constituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

Audrey Hepburn: uma das mais aclamadas atrizes do seu tempo (ganhou 4 Oscars), protagonizou vários papéis de mulheres fortes e independentes, contrariando a ideia de que eram papéis femininos “tradicionais” que vendiam mais bilhetes de cinema.

Madre Teresa de Calcutá: natural da Jugoslávia entregou-se desde muito cedo à sua vocação religiosa, onde sobressai uma vida inteira dedicada a ajudar os pobres. Por isso, e muito justamente, ganhou o Prêmio Nobel da Paz.

Olga Benário - Judia alemã, militante comunista desde os 15 anos, foi oficial do Exército Vermelho, onde saltou de pára-quedas e pilotou aviões. Foi encarregada da segurança de Luís Carlos Prestes na seu retorno ao Brasil em 1934, por quem acabou se apaixonando. Acabou vítima do Estado Novo, deportada para a Alemanha nazista, grávida de 7 meses, onde morreu numa câmara de gás após o nascimento da filha.


Além dessas mulheres históricas, imprimi um documento para esse amigo, falando ainda sobre Amelia Earhart, Cleópatra, Princesa Diana, Golda Meir, Dolores Ibarruri, Margaret Thatcher e Marie Curie. Sua expressão foi a melhor coisa de toda essa história, algo do tipo: "Certo, eu realmente não esperava por isso". Mas acho que ele entendeu o meu lado. Afinal, são as minhas semelhantes, a minha espécie. Vou defendê-la até o fim. E nenhuma criatura do sexo masculino poderá mudar o que penso.

The New York Girl wanted to be a historical woman

2 comentários:

  1. Olá Mari,
    Vc é demais.... É isto aí mostra para seu amigo e para todos os machões o valor da mulher...
    bjus
    Luciene

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  2. Nós mulheres somos mesmo o máximo! Admiro todas essas mulheres citadas acima. Fazem parte da história. Mas admiro mais ainda aquela mulher que acorda de madrugada, deixar o café pronto, apronta os filhos e leva para a escola, trabalha o dia todo, sai do trabalho, busca os filhos na escola, passa no supermercado, chega em casa e brincar com os filhos, faz o jantar, ensina o dever de casa, arruma a cozinha, coloca os filhos para dormir, coloca roupas para lavar, passa roupa, cata as roupas e brinquedos espalhados pela casa, dorme tarde e acorda cedo no dia seguinte. E muitas vezes, faz tudo isso sem ajuda de um homem. Admiro ainda mais essas mulheres porque são guerreiras, anônimas, não estão nos livros, na tv ou na internet, mas tem tanta garra e força quanto aquelas anteriormente citadas.Um dia, quem sabe, serão citadas ou lembradas por alguém...
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    Lavínia, lindinha,contagem regressiva: faltam 7 dias para o grande dia....Aguenta coração!!!

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